Os olhos fechados a 12 horas, agora se abrem de supetão. Uma dor arde em suas entranhas, é a necessidade, gritando por ser ouvida; afinal, tudo tem um preço.
Após se levantar com velocidade sobre humana seu interior ainda arde e é hora da caça, hora da dança dos mortos.
Quando o sol se ponhem no horizonte e a Lua sobe aos céus, destemida, a dança dos mortos começa. Aqueles que deveriam dormir pela eternidade, despertam, sedentos por sangue, por mais vida. Seu golpe é uma dança cruel, entre a vida e a morte, o vivo e o semi vivo.
Não era diferente com Eddy, seu corpo sempre guinchava de dor, enquanto a mente vagava em busca da próxima caça. Não havia sentimento, não havia culpa, era apenas instinto animal.
Esperando na calada da noite com um chapéu preto e um sobretudo de mesmo tom, aguardou pacientemente nas sombras até sua vítima perfeita surgir.
Ela tinha dezessete anos, cabelos longos, lisos e negros, um corpo curvilíneo que tornava cada passo diferente do anterior. Ele não notou nada disso, notou apenas o barulho da pulsação saudável, em plena vida; o cheiro da pele nova e do sangue que corria por debaixo dela, oh! que cheiro adocicado, magnifico.
Ela estava distraída, ele estava pronto para o ataque e assim o foi... Enquanto ela passava a sua frente ele abdicou da escuridão saltando até ela e parando em sua frente. Ela não gritou, apenas se tornou estática e olhou dentro dos olhos do vampiro. Ela buscou por dor, por medo, culpa, qualquer emoção, mas nada havia ali,apenas o extinto animal, puro como em um leão e sem qualquer regra civilizada.
- Devore-me rápido, ser da noite. - Ela pediu sem alterar a voz e mantendo seus olhos fixos nos do vampiro. - Sugue-me até não haver mais uma gota de sangue em meu corpo. Entendo seu motivo, agora entenda o meu em pedir pela minha morte.
A dança dos mortos mudou de rumo, a caça virou caçador, e o caçador, presa; nessa dança invertida onde os vivos caçavam os mortos.
O vampiro não tinha consciência alguma, era sua vida, sua sobrevivência sua razão de existir; por isso o vampiro cedeu e abocanhou o suculento pescoço que lhe era oferecido.
O sangue pulsou forte, quente e doce, da fada para ele, que apenas soube desse detalhe quando já era tarde demais.
O sangue da Leanan Sidhe [ fada amante], percorreu suas veias, e agora aquela amarga dor o possuía, a culpa de mortes que nem mesmo cometerá, a culpa de pessoas a quem, primeiro dava tudo e depois tirava a vida. Assim como ele, a Leanan era puro existindo, até que a culpa e as emoções a dominaram, e agora consumiam até aquele pobre vampiro; que caiu sobre o amparo da Leanan.
Ela se alimentou de seu sangue, puro, doce, animalesco. Sua culpa repousava no corpo vampiresco a sua frente, definitivamente morto, e agora ela sentia o toque final da eternidade. Sentia a fortificação que o sangue vampírico dava ao seu de fada, já forte. Sentia- se bela, imortal, atemporal.
E agora era, meia vampira e meia Leanan. A caça que virou caçadora e a dança que se iniciava novamente, afinal a dança dos mortos, jamais termina, afinal a eternidade, está a um passo da morte.
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sexta-feira, outubro 12, 2012
Razão para viver
Do fundo,
para o mundo.
Meu motivo de viver,
minha razão de existir.
A dor da humanidade,
que necessita de salvação.
A dor do doente,
que necessita de atenção.
A doença da alma,
a ação podre,
do ser de pouco avanço.
A dor da perda.
O sentimento de raiva,
de culpa.
Obscuro, porém,
nada disso na realidade é.
A razão de viver,
de existir.
Está, na realidade,
em superar as dores,
as causas,
o passado e
a realidade.
Está no sorriso,
no doce amigo.
terça-feira, agosto 07, 2012
Escritores in Progress - Bienal
Para quem já votou em mim, obrigada de verdade, quem ainda não votou tem chance até dia 13.(: Mas eu resolvi criar esse post nos blogs para explicar no que vocês estão votando.
A bienal esse ano resolveu criar esse concurso com o objetivo de escolher 3 escritores nunca publicados para um debate com um editor, um deles vai ser escolhido pelo maior número de votos e os outros dois pelos próprios jurados.
Por isso você pode fazer a diferença na minha vida!
Tem que ir em "Escritores in Progress" - acessar meu nome : LARISSA SPOSITO LAZARO e vota "gostei" no vídeo e confirmar.
http://www.sescsp.org.br/bienaldolivro
domingo, julho 22, 2012
Yourself
Quando você se perde em caminhos dificies, tortuosos.
Quando a esperança não mais existe e você diz desistir.
No fundo você espera uma luz, que algo o vá salvar,
e quando a luz chega você a afasta a renega.
No dia em que aprendermos a conviver com nós mesmo,
ser a nossa própria esperança.
A luz se a acenderá e a escuridão cederá,
porque a luz interna é a mais forte que há.
Quando a esperança não mais existe e você diz desistir.
No fundo você espera uma luz, que algo o vá salvar,
e quando a luz chega você a afasta a renega.
No dia em que aprendermos a conviver com nós mesmo,
ser a nossa própria esperança.
A luz se a acenderá e a escuridão cederá,
porque a luz interna é a mais forte que há.
sábado, março 24, 2012
Run
Se me perco no lago negro
do abismo social,
por que me encontro no céu amado
de resplendor?
No meio do obscuro e do claro,
me encontro confusa em aflição,
será que a vida,pode me salvar?
Querer tudo é tão errado?
Eu não sei o que dizer ou pensar
preciso de foco,
de uma lente de aumento
de defeitos.
E isso sem fim
tem um inicio a existir.
Penses e irás longe,
tema e correrá.
terça-feira, março 13, 2012
Felling
Estou aqui caída,
na poça de lama criada pela minha própria incapacidade.
No fogo brando que não queima ou arde,
e não cessa a doer.
O tempo que não passa
a dor que não cede
a esperança que não tarda
e esse amor que enobrece.
As voltas do mundo,ao meu redor
o total complexo de perda de controle.
Cada passo,cada abismo,cada suspiro;
tudo isso me levou a você,
a onde estou hoje.
E mesmo caída nessa poça de lastimas,
cada lágrima vale a pena,por chegar a onde cheguei,
enfrentar o que eu enfrentei.
sexta-feira, janeiro 27, 2012
:*
Não seja indisponível,nem indispensável.
Sei que parece loucura dizer isso,mas as pessoas gostam de um porto seguro.Elas gostam do que não tem também,porém,a maioria aprende a amar o que tem.Não é preciso perder parar dar valor,muito menos,magoar para amar.Erros todos cometem,mas não espere que as pessoas te achem indispensável,porque isso seria muito estranho,espere apenas que elas gostem tanto de você,a ponto de amar sua presença.
É tudo questão de pessoas para pessoas.Ninguém é igual,e muito menos diferente.
Seja você e se alguém não gostar,vai te admirar por isso.
By: Invisível
sexta-feira, janeiro 20, 2012
SOPA NÃO!
Essas porcarias de governo só querem saborear o doce gosto dos impostos abusivos e da censura.Assim é fácil governar um país,você ganha bilhões em impostos e ainda de bônus ganha um gado [ população] obediente.Depois falam da liberdade e julgam outros países pela censura.Vamos acordar,minha gente,nós temos o poder,não eles.Deixa-los nós controlar é o mesmo que acreditar que uma única pessoa pode ter mais poder que milhões,sendo que essa única pessoa,só tem algum tipo de poder por causa desses milhões que somos nós.
terça-feira, janeiro 03, 2012
Aceitação
Você pode lutar contra,
dizer que não,
tentar mudar o mundo,
mas o fato é simples.
A busca de qualquer
Homo Sapiens,
é a mera aceitação.
Mas para nós é tão difícil,
tão massante,
que desistimos e vivemos vidas
com sentindo estranho e confuso,
ou falta dele.
Mas como podemos aceitar os outros,
sem aceitar a nós mesmos?
Dizer é fácil,
difícil é entrar dentro de si mesmo,
mergulhar nos campos obscuros da sua mente,
transformar defeitos em qualidades ou em aceitação,
a maioria tem medo dos próprios medos,
tem medo dos próprios erros.
Se não encontrarmos no fundo de nós mesmos as causas,jamais controlaremos os efeitos,ou defeitos.
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